Solar Impulse – Volta ao mundo em um avião solar

Com o avião solar Solar Impulse realizou-se o sonho do voo livre sem qualquer gota de energias fósseis, mesmo em longas distâncias.

Em junho de 2014, o avião solar HB-SIB levantou para o voo inaugural com êxito. O peso do avião corresponde “somente” a aproximadamente ao de um veícolo médio (2300kg). © Solar Impulse

Os pioneiros suíços Bertrand Piccard e André Borschberg iniciaram a tentativa de serem as primeiras pessoas a darem a volta ao mundo em um avião solar (HB-SIB). Com essa aventura única, eles pretendem mostrar que com uma visão clara se pode ultrapassar os limites do que era possível até então, apresentando-se como representantes publicitários para uma utilização de recursos sustentável. Esta posição assumida coincide com o engajamento da Suíça para uma utilização energética cada vez mais “limpa”, motivo pelo qual a Confederação apoia o projeto desde os começos.

Volta ao mundo

Rota de voo: A partir de Abu Dhabi, o Solar Impulse inicia sua volta ao mundo, em várias etapas, com paradas em Omã, na Índia, no Myanmar e na China. Depois é planejada a travessia do Pacífico (5 dias e 5 noites com um só piloto), uma passagem pelos EUA e, finalmente, a travessia do Atlântico (4 dias e 4 noites) em direção à Europa do Sul - África do Norte e o voo de regresso para o destino de saída. Visto que a cabine de pilotagem foi projetada para um só piloto, as escalas servem para a troca do comando, mas também para a apresentação do projeto ao público e a instituições políticas e científicas.  

Espírito inovador suíço e parceria público-privada

A aeronave solar da Solar Impulso foi projetada para poder voar dia e noite, sem combustível fóssil. Isso é possível devido às características de aerodinâmica e à eficiência energética únicas do avião (três vezes as de um avião comercial). Uma equipe de técnicos e cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), sob direção do engenheiro aeronáutico Borschberg e do psiquiatra Piccard, do Cantão de Vaud, iniciaram essa tarefa pioneira. Não é de surpreender o fato de estes feitos serem realizados na Suíça, dada à longa tradição do país que sempre apoiou investimentos de pesquisa e desenvolvimento em produtos inovadores. Você sabia que, por exemplo, foram inventados na Suíça o café instantâneo, o fecho tipo “velcro” e o zíper, o chocolate de leite ou também o mouse do computador?

A elevada capacidade inovadora da Suíça é comprovada também por vários rankings nessa área (por exemplo, Global Competitive Index ou Global Innovation Index), nos quais a Suíça foi classificada várias vezes como sendo no topo nos últimos anos. Esse desempenho é possibilitado pela vantajosa infraestrutura de educação (veja a esse respeito o Ranking Times Higher Education Ranking) e pela longa tradição de colaboração entre os setores público e privado, o que dá resultados nos mais diversos níveis.

Uso mais sustentável dos recursos

Sendo um país de território pequeno, no interior da Europa, pobre em recursos naturais, a Suíça desde sempre visou uma utilização econômica e eficiente dos seus recursos. Além disso, a Suíça, vista como “reservatório de água” da Europa, é “responsável” por várias fontes de grandes rios, e é também por essa razão que o manuseio sustentável de recursos (hídricas) é somente natural para a Suíça. Nesse contexto, o que define o país é especialmente o desgelo cada vez maior das geleiras, como consequência negativa das alterações climáticas. Tendo estes efeitos negativos sempre perante os olhos, a Suíça engaja em favor de um uso de recursos sustentável e de uma produção energética ecológica.

De tamanho pequeno, mas grande no desempenho inovador, a Suíça, juntamente com seus parceiros, zela sempre por tornar o mundo em um lugar para uma vida melhor – o avião Solar Impulse é um dos melhores exemplos para esta filosofia da Suíça.

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